terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Hinduísmo Vs Cristianismo

hindu vs cristi

Arquivos Secretos da Inquisição

s_MLB_v_O_f_155821251_6951“Baseado em documentos inéditos e pesquisas que revelam inúmeros segredos do Vaticano, a minissérie Arquivos Secretos da Inquisição foi destaque do The History Channel.
A Inquisição foi um sistema de terror em massa, composto por cortes secretas. Tratava-se de uma instituição que ultrapassou fronteiras geográficas e históricas, indo da França medieval ao renascimento italiano. O especial aborda essa sangrenta história, dos os arquitetos da Inquisição às vítimas de sua ira. Os episódios trazem opiniões de estudiosos como David Gitlitz (especialista em História Medieval), Stephen Haliczer (historiador), Charmaine Craig (escritor) e Joseph A. Di Noia (teólogo e reverendo).”

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Richard Dawkins - Inimigos Da Razão

O cientista britânico Richard Dawkins não se deu por satisfeito em vender mais de 1 milhão de exemplares de um livro contra a crença em seres divinos, com sua obra "Deus -- um Delírio" promovida a best-seller em vários países e recém-lançada no Brasil pela editora Companhia das Letras (inclusive foi feito um documentário televisivo a respeito). Ele agora aponta sua artilharia contra o que considera superstições e pseudo-ciência: de astrologia a mediunidade, de homeopatia a cartas tarot. O conceituado biólogo da Universidade de Oxford começou um esforço (que muitos acham inútil) de desmontar as crenças e superstições que ele considera totalmente desprovidas de fundamento e provas, mas que convencem o público em vários países.

sábado, 28 de janeiro de 2012

De Aristóteles a Stephen Hawking

Escrito, dirigido e apresentado pelo documentarista grego Paul Pissanos. Busca-se nas respostas uma análise das teorias de filósofos clássicos, incluindo Pitágoras, Protágoras, Platão, Sócrates, Anaxágoras, Aristóteles e Plotino, sobre o “início do mundo”.

De Aristóteles a Stephen Hawking Desvendando os mistérios do universoO box com 12 (doze) episódios divididos em 4 (quatro) DVDs apresenta, além de encenações, a participação de professores e cientistas dos campos da filosofia, física, astrofísica, matemática e teologia, tanto da Grécia quanto de conceituadas universidades internacionais.

 

Agora vou postar os 12 episódios dos 4 volumes que encontrei no You Tube que são:

De Aristóteles a Stephen Hawking

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Entrevista de Richard Dawkins a revista Época

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26-epocaDesde que Deus – Um Delírio foi publicado, o senhor tem feito uma turnê mundial para disseminar a palavra contra a religião e a favor do ateísmo. O senhor acredita que tem tido sucesso em sua missão?

 

r_dawkinsEu acho que tenho sido consideravelmente bem-sucedido. Se você olhar em meu website, vai ver que ele reflete uma grande dose de entusiasmo por minha mensagem.

 

 

26-epocaMas o senhor tem conseguido atingir o público que necessita ser atingido? As pessoas que acreditam em Deus?

 

 

r_dawkinsSobre isso já não tenho certeza. Sei que conseguimos fazer conversões. Por exemplo, ontem à noite em Chicago, havia uma quantidade significativa de pessoas na fila de autógrafos de meu livro que disseram que ele as ajudou a firmar suas opiniões a respeito de religião. O website e o livro estão atingindo principalmente as que estão indecisas e precisam de um pouco de encorajamento.

 

26-epocaCom base no que o senhor tem visto em suas viagens, qual é a melhor maneira de motivar os ateus em potencial a assumir sua descrença em Deus?

 

 

r_dawkinsEu acredito que, quando vêem que há argumentos fortes em seu favor, e que outras pessoas estão saindo do armário, eles se sentem mais confiantes. Por exemplo, quando notam em minhas palestras que uma grande quantidade de gente está defendendo suas opiniões, ganham coragem para se revelar também.

 

26-epocaO senhor vem dizendo que, se os ateus se organizassem politicamente, eles poderiam exercer grande influência em um país como os Estados Unidos. O senhor acredita que isso um dia poderá acontecer?

 

r_dawkinsSim, acho que sim. Tome como exemplo o movimento judaico, que é imensamente influente nos Estados Unidos. Existem menos judeus praticantes que ateus na América. Então, se você considerar o poder do lobby judaico, terá um forte argumento a favor da organização dos ateus.

 

26-epocaPor outro lado, acreditar em Deus parece algo mais poderoso em termos de unir as pessoas em torno de um objetivo. Pelo menos mais poderoso que a idéia de não acreditar em nada, que é o que as pessoas em geral relacionam com o ateísmo.

 

r_dawkinsEsta é uma boa observação. Mas, quando você vive em um país em que o governo diz tomar decisões com base na religião, você tem um motivo forte para fazer alguma coisa a respeito.

 

 

26-epocaQuais são os principais obstáculos para disseminar suas idéias?
Dawkins

 

 

r_dawkinsHá vários. Alguns temem desagradar a Deus só de ouvir o discurso de um ateu. Outros são apenas ignorantes, nunca ouviram uma boa argumentação científica. E também há o medo da reação da família e dos vizinhos. As pessoas precisam freqüentar a igreja de sua comunidade porque os pais, os avós, ou até mesmo o marido ou a mulher, são religiosos. Daí elas não querem decepcionar nem irritar gente tão próxima assim. Mas boa parte da resistência se deve à ignorância. No sentido de que muitas pessoas não entendem que a ciência não tem de dar uma explicação imediata para tudo o que hoje elas atribuem a Deus.

 

26-epocaSe isso acontece em um país onde os níveis educacionais são razoavelmente altos, como os Estados Unidos, a situação deve ser pior em outros países...

 

 

r_dawkinsVocê imaginaria isso, não é verdade? Entretanto, o fato é que os Estados Unidos têm uma proporção muito mais alta de pessoas que não acreditam na evolução das espécies do que em qualquer país europeu, por exemplo. A única exceção é a Turquia.

 

 

26-epocaO senhor tem planos para levar sua mensagem a países em desenvolvimento onde a religião ocupa um lugar de destaque na sociedade, como o Brasil?

 

 

r_dawkinsJá tive vários convites para fazer palestras no Brasil, o que me deixa contente. Mas não tenho planos imediatos de ir para lá.

 

 

 

26-epocaO senhor acredita que suas idéias teriam impacto em um país como o Brasil?

 

 

r_dawkinsBom, eu acho importante levar essa mensagem para todas as partes do mundo. Espero que um dia seja possível comprovar isso.

 

 

 

26-epocaNo Brasil as pessoas em geral têm uma relação menos radical com a religião que nos Estados Unidos. Mesmo assim, o senhor acha que os ateus brasileiros também deveriam se esforçar em combater a religião?

 

r_dawkinsNão conheço o Brasil, mas o que você está dizendo soa encorajador. Talvez haja uma necessidade menor de combater a religião lá que em outros lugares.

 

 

26-epocaSeu livro afirma que o acesso à educação e à informação é um remédio eficiente contra as superstições e a favor da ciência. Hoje há cada vez mais educação no mundo, e a internet oferece mais informação que nunca. O senhor acredita que o fim da religião seria uma conseqüência lógica do processo de expansão do conhecimento?

 

r_dawkinsGostaria de acreditar que você está certo, e quem sabe esteja. Essa é a atitude de muitos de meus colegas cientistas. Mas considero essa visão um pouco otimista. Em um país como os EUA, onde a religião é tão forte, acredito que é preciso algo mais que simplesmente educar as pessoas a respeito da ciência. É o que estou fazendo.

 

26-epocaSeu livro de certo modo também deixa a impressão de que a ciência traz muitas coisas boas para a humanidade, enquanto a religião promove resultados negativos. Mas a ciência nos deu a bomba atômica e inspirou teorias malucas como a eugenia.

 

r_dawkinsA ciência pode ser usada na produção de coisas ruins como a bomba atômica, mas por si mesma não leva a ações malignas. Entretanto, fazer coisas horríveis é uma parte lógica do processo de acreditar em Deus. Os 19 homens que perpetraram os ataques de 11 de setembro de 2001, por exemplo, talvez não fossem naturalmente malignos. Mas eram profundamente religiosos. Eles achavam que o que estavam fazendo era correto segundo o que acreditavam. E chegaram a essa conclusão de uma forma lógica a partir de seus textos religiosos. Para um ateu, seria impossível realizar um ato similar a partir de uma racionalização lógica.

 

Revista Época                                                   Edição 493 de 26 de setembro de 2007

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Entrevista de Sam Harris a revista Veja - A religião faz mal ao mundo

O filósofo Sam Harris, um dos ateus mais barulhentos dos EUA, diz que só com o fim da fé se poderá erguer uma civilização global.
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Dependendo do ângulo em que é observado, o filósofo americano Sam Harris, de 40 anos, exibe uma des-concertante semelhança fí-sica com o ator Ben Stiller, mas seu trabalho nunca está para comédias. Junto com o biólogo inglês Richard Dawkins, autor de Deus, um Delírio, Sam Harris é um dos mais ativos militantes contra as religiões. Em 2005, nos Estados Unidos, ele lançou O Fim da Fé e ficou mais de trinta semanas na lista dos mais vendidos do jornal The New York Times. Neste ano, produziu um novo best-seller com críticas à religião. Com 91 páginas, Carta a uma Nação Cristã, já lançado no Brasil pela Companhia das Letras, é um compêndio em defesa do ateísmo. É redigido com uma linguagem tão cortante e argumentos tão implacáveis que, por vezes, roça o panfletário, mas dá seu recado com clareza absoluta. O filósofo bate em cada um dos pilares da fé e conclui: "A religião agrava e exacerba os conflitos humanos muito mais do que o tribalismo, o racismo ou a política". Ele deu a seguinte entrevista:


VejaO movimento dos ateus é forte nos Estados Unidos e na Inglaterra, principalmente. É uma decorrência dos atentados de 11 de setembro de 2001?


Sam_Harris_01Vejo dois motivos simultâneos para essa confluência geográfica: os atentados de 11 de setembro e a escancarada religiosidade do governo de George W. Bush. A conjunção desses dois fatores levou muitas pessoas a se preocupar com o fato de que a fé está agora dos dois lados do balcão. Esse é um jogo altamente perigoso.








VejaPor quê?



Sam_Harris_01A fé é, intrinsecamente, um elemento que, em vez de unir, divide. A única coisa que leva os seres humanos a cooperar uns com os outros de modo desprendido é nossa prontidão para termos nossas crenças e comportamentos modificados pela via do diálogo. A fé interdita o diálogo, faz com que as crenças de uma pessoa se tornem impermeáveis a novos argumentos, novas evidências. A fé até pode ser benigna no nível pessoal. Mas, no plano coletivo, quando se trata de governos capazes de fazer guerras ou desenvolver políticas públicas, a fé é um desastre absoluto.


VejaO senhor acha que o mundo seria melhor sem religião, sem fé, sem crença em Deus?


Sam_Harris_01Seria melhor se não houvesse mentiras. A religião é construída, e num grau notável, sobre mentiras. Não me refiro aos espetáculos de hipocrisia, como quando um pastor evangélico é flagrado com um garoto de programa ou metanfetamina, ou ambos. Refiro-me à falência sistemática da maioria dos crentes em admitir que as alegações básicas para sua fé são profundamente suspeitas. É mamãe dizendo que vovó morreu e foi para o céu, mas mamãe não sabe. A verdade é que mamãe está mentindo, para si própria e para seus filhos, e a maioria de nós encara tal comportamento como se fosse perfeitamente normal. Em vez de ensinarmos as crianças a lidar com o sofrimento e ser felizes apesar da realidade da morte, optamos por alimentar seu poder de se iludir e se enganar.


Veja
É possível conciliar ciência e religião?



Sam_Harris_01A diferença entre ciência e religião é a diferença entre ter bons ou maus motivos para acreditar nas hipóteses sobre o mundo. Se houvesse boas razões para crer que Jesus nasceu de uma virgem ou que voltará à Terra, tais proposições fariam parte de nossa visão racional e científica do mundo. Mas, como não há boas razões para acreditar nisso, quem o faz está em franco conflito com a ciência. É claro que as pessoas sempre acham um modo de mentir para elas mesmas e para os outros. A estratégia, nesse caso, é dizer que tal crença decorre da fé. Com freqüência, ouvimos dizer que não há conflito entre razão e fé. É o mesmo que dizer que não há conflito entre fingir saber e realmente saber. Ou que não há conflito entre auto-engano e honestidade intelectual.


VejaHaverá o dia em que a humanidade deixará de ter fé ou a fé faz parte da natureza humana?




Sam_Harris_01O desejo de compreender o que se passa no mundo é inato, assim como o desejo de ser feliz, de estar cercado por pessoas que amamos ou o desejo de ser mais feliz, mais carinhoso, mais ético no futuro. Mas nada disso nos obriga a mentir para nós mesmos, ou para nossos filhos, a respeito da natureza do universo. É claro que nossa compreensão do universo é incompleta e desconhecemos a extensão exata de nossa ignorância. Não temos como antecipar as maravilhosas descobertas que serão feitas. O que sabemos com absoluta certeza, aqui e agora, é que nem aBíblia nem o Corão trazem nossa melhor compreensão do universo.


VejaMas nem a Bíblia nem o Corão se pretendem um manual científico para entender o mundo?


Sam_Harris_01Esses livros não são sequer um guia sobre moralidade que possamos considerar minimamente adequado, e falo de moralidade porque é um campo em que ambos se consideram exemplares. ABíblia e o Corão, por exemplo, aceitam a escravidão. Qualquer um que os considere guias morais deve ser a favor da escravidão. Não há uma única linha no Novo Testamento que denuncie a iniqüidade da escravidão. São Paulo até aconselha aos escravos que sirvam bem aos seus senhores e sirvam especialmente bem aos seus senhores cristãos. É desnecessário dizer que a Bíblia e o Corão,além de não servir como guias em termos de moralidade, também não são autoridade em física, astronomia ou economia.


VejaQue tipo de impacto seu livro pode ter sobre os leitores religiosos?



Sam_Harris_01Eu ficaria feliz se o livro levasse os leitores a se perguntar por que, em pleno século XXI, ainda aplaudimos pessoas que fingem saber o que elas manifestamente não sabem nem podem saber. Não há uma única pessoa viva que saiba se Jesus era filho de Deus ou se nasceu de uma virgem. Na verdade, não há uma pessoa viva que saiba se o Jesus histórico tinha barba. No entanto, em muitos países é uma necessidade política simular que sabemos coisas sobre Deus, sobre Jesus, sobre a origem divina da Bíblia. Imagino que qualquer pessoa religiosa que leia Carta a uma Nação Cristãcom a cabeça aberta descobrirá que os argumentos usados contra a fé religiosa são absolutamente irrespondíveis. Isso deve ter algum efeito sobre o modo de ver o mundo dos leitores. Eles certamente vão perceber que ser um cristão devotado faz tanto sentido quanto ser um muçulmano devotado, que, por sua vez, é tão lógico quanto ser um adorador de Poseidon, o deus do mar na Grécia antiga. É hora de falarmos sobre a felicidade humana e nossa disponibilidade para experiências espirituais na linguagem da ciência do século XXI, deixando a mitologia para trás.


VejaO Brasil é um país aparentemente tolerante com as diferentes religiões e conhecido pelo sincretismo religioso. Num país assim, é mais fácil ou mais difícil para o ateísmo crescer?


Sam_Harris_01Em certo sentido, deve ser mais fácil. O convívio intenso de crenças inconciliáveis deve levar as pessoas a compreender que tais crenças são produtos de acidentes históricos, são contingenciais, são criadas pelo homem e, portanto, não são o que pregam ser. Judeus e cristãos não podem estar ambos certos porque o núcleo de suas crenças é contraditório. Na verdade, eles estão equivocados sobre muitas coisas, exatamente como estavam antes os adoradores dos deuses egípcios ou gregos. Ou os adoradores de milhares de deuses que morreram durante a longa e escura noite da superstição e da ignorância humana. Em qualquer lugar que os seres humanos façam um esforço honesto para chegar à verdade, nosso discurso transcende o sectarismo religioso. Não há física cristã, álgebra muçulmana. No futuro, não haverá nada como espiritualidade muçulmana ou ética cristã. Se há verdades espirituais ou éticas a ser descobertas, e tenho certeza de que há, elas vão transcender os acidentes culturais e as localizações geográficas. Falando honestamente, esse é o único fundamento sobre o qual podemos erguer uma civilização verdadeiramente global.


Revista Veja                                                                                                                                     Edição 2040 de 26 de dezembro de 2007

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Controle de natalidade

camisinha

A religião católica e os Astecas

Para os europeus em meado do século XV, viajar pelo oceano Atlântico era uma tarefa perigosa, pois para os marinheiros o oceano era cheio de monstros e mistérios. Visto que muito pouco se sabia do oceano Atlântico, muitas histórias fantasiosas foram inventadas no decorrer do tempo. Como que em algumas partes desse mar existiam monstros marinhos (como hydras e grandes peixes) grandes cascatas e o verdadeiro ‘fim do mundo’ onde a água caia sem fim. Os primeiros paises que encarar esse oceano foram Portugal e a Espanha. Cada um deles seguiu seu próprio caminho para o desconhecido.

Portugal “achou” o Brasil, mas mesmo sua colonização agressiva, não foi possível limitar a religiosidade aqui, como se vê hoje, esse emaranhado de religiosidades, uma verdadeira festa de religiões.

A Espanha por sua vez encontrou mais desafios. Encontraram povos que já conheciam suas minas de ouro, que já tinham uma sociedade estruturada economicamente, politicamente e religiosamente. Nesse texto falarei um pouco sobre a colonização (ou exterminação, como preferir) dos povos nativos da América: os Incas, Maias e Astecas. Começarei então pelos Astecas:

No século XVI, os espanhóis organizaram algumas expedições para conquistas de novas terras. A expedição de maior destaque foi a de Hernan Cortez, que conquistou e destruiu o império asteca, na atual região do México.

Os astecas eram considerados o povo mais religioso dessa região. Sua religião era essencialmente astral, isto é, baseada nos astros, e foram absorvendo e criando deuses e rituais, o deus mais importante era Uitzlopochtli, que representava o sol do meio-dia.

O mais interessante foi como Cortez conseguiu conquistar esse império. O imperador asteca, Montezuma e seu povo imaginaram que Cortez e seus homens eram grandes deuses, por isso em vez de lutar e defender seu grande império, Montezuma mandou emissários com presentes para o colonizador Cortez, para assim manter a paz e a harmonia entre seu povo e os deuses. Mas os espanhóis, além de seus cavalos dispunham de outras armas de guerra, desconhecidas para o povo asteca.

Como os espanhóis estavam em menor número, eles procuraram conhecer bem a língua, a cultura daquele povo. Os astecas já conheciam o outro, assim Cortez fez Montezuma mostrar os mapas de seu império para conseguir acesso as lendárias riquezas do império asteca. O confronto entre espanhóis e astecas começou quando o colonizador Cortez teve de voltar em Vera Cruz e deixar as tropas em Tenochtitlán sob o comando de Pedro Álvaro. Em uma festa religiosa regional, Pedro manda fechar as porta do templo central e exterminar todos os nativos ali.

Foram totalmente massacrados, com mais de mil mortos. Mas os nativos conseguiram reagir, sob as ordens de Cuitlahuac, irmão de Montezuma. Enquanto o combate no templo seguia, a cidade também passava por outra crise: as doenças trazidas pelos europeus, como exemplo um surto de varíola que também ajudou os europeus na conquista (Até hoje é debatido se essa doenças trazidas pelos português foram propositais para ajudar na conquista do império Asteca), pois essas doenças eram desconhecidas para os nativos (Os anticorpos dos europeus eram mais avançados que dos nativos) e por isso eles não tinham defesa. No meio desses problemas o irmão do imperador Montezuma morreu.

Cortez com um exército de apenas 650 soldados, 194 mosqueteiros, 84 cavaleiros (Dá pra notar a diferença entre os povos por esses números) e milhares de nativo aliados, começou o ataque a Tenochtitlán. Visto que os guerreiros astecas não se deixaram vencer tão fácil e lutavam bravamente, Cortez invadiu a cidade e envenenou todas as fontes de água. Em 75 dias muitos astecas morreram e passaram fome. Os nobres de destaque foram torturados para assim poderem falar onde estavam os tesouros da cidade.

E diferente de algumas colônias, os espanhóis foram autoritários com a cultura asteca, acabando com todo e qualquer tipo de ritual, pelo fato dos espanhóis se depararem com povos de estruturas sociais complexas fez com que a Igreja percebesse “a dimensão da tarefa de evangelização que agora se exigia dela no Novo Mundo.”. Por isso, foi necessário que os espanhóis primeiramente conquistassem militar e politicamente os povos nativos daquela área para que depois fosse possível a missão evangelizadora da Igreja Católica.

Na Europa, pela segunda metade do século XV ocorreu a reforma protestante, e como os espanhóis não aderiam a reforma, acharam que na colônia espanhola dever-se-ia estabelecer o “cristianismo puro”, isento dos erros do velho continente, restaurando assim a Igreja primitiva, foi até estado na colônia o Concílio de Trento, que marcou a evangelização em toda América, sendo que foram impostas diferentes regras como, a título de exemplo, a liturgia que continuara a ser professada em latim e a restrição do acesso dos fiéis à palavra de deus.

Infelizmente, a violência da colonização espanhola acabou destruindo grande parte dessa rica cultura, a Igreja foi unânime e acabou com toda a religião e caçaram todos aqueles que a praticavam.

Bibliografia:

Caminhos das Civilizacoes Historia Integrada Geral e do Brasil - Jose Geraldo Vinci Moraes

A Igreja Católica na América espanhola colonial - BARNADAS, Josep M

A guerra da imagens e a ocidentalização da América” GRUZINSKI, Serge