segunda-feira, 25 de abril de 2022

Biografia de #AteuPoeta #AroldoHistoriador #AmadeuNuvem


Biografia de Ateu Poeta-Aroldo Historiador-Amadeu Nuvem:

 

https://ohistoriadordepacoti.blogspot.com/

https://aroldohistoriador.blogspot.com/

https://ateupoeta.blogspot.com/ 

Historiador, Professor, Literato, Blogueiro, Jornalista Independente, Ator Amador & Humorista.

 

Nascido em Pacoti-Ceará em 1º de abril de 1986.

 

Estudou no Jardim na Escola Menezes Pimentel, da alfabetização à 8ª série no Instituto Maria Imaculada em Pacoti. Fez cursinho no Evolutivo em 2005 em Fortaleza.

 

Em 2006 iniciou estudo em Administração na Faculdade Evolutivo em Fortaleza, fazendo ainda um pouco mais de um ano e abandonou para fazer novo vestibular em Pacoti na UVA-Universidade Estadual Vale do Acaraú, onde criou o Jornal Delfos no primeiro dia de aula em 2007 com mais dois colegas e formou-se em Licenciatura Plena em História em 2010.

 

Jornal Delfos foi impresso 14 vezes até agora e será doravante feito em PDF, fora os sites e o blog. Continuam como Presidentes iguais e Criadores e Idealizadores Ateu Poeta e Cristiano Viana Silveira.

 

Praticante de alguns esportes como: 

 

Xadrez, participando do 2º Campeonato de Xadrez de Guaramiranga em 2013;

 

Futebol, participando de 3 campeonatos em Pacoti, no primeiro o time só perdeu, no segundo o time foi desclassificado do Festal por ter quase todos os jogadores maiores de 18 anos, ele com 16 anos, ganhando ainda a primeira partida por W.O. e no terceiro campeonato seu time ganhou todas as partidas levando apenas um gol, terminando em 3º lugar e só o goleiro ganhando medalha; 

 

Basket, desde o Instituto Maria Imaculada, passando pelo cursinho no Evolutivo Centro-Sul e de volta a Pacoti fez parte do 1º torneio de basket em Pacoti na quadra do Pólo de Lazer e do 1º torneio de baket meia-quadra também em Pacoti. Fez parte do time de Pacoti de basket em 2008; Vôlei pouco jogou

 

Hadball pouco jogou; 

 

Capoeira, desde os 14 anos;

 

Karatê, onde tirou 2ª faixa em Baturité em 2012; 

 

Muay-Thai, nível iniciante; 

 

Krav-Magá, nível iniciante; e 

 

Defesa-Pessoal, 4 cursos seguidos.

 

Tirou 3º lugar no concurso de desenhos O Pacoti Visto Por Suas Crianças (1997).

 

Um dos criadores do jornal VISART (2002- agora chamado Jornal Visarte em 2018). 

 

1º lugar no Estado do Ceará em auto de natal, atuando como o Rei-Mago Baltazar (2004).

 

Criador e Presidente e idealizador do Jornal Delfos-CE(2007).

 

Consertou a idade do Município de Pacoti, retirando um erro de 48 anos para menos, inicialmente questionando no Jornal Delfos-CE Impresso 2ª Edição (2008.)

 

Criador e Idealizador da Associação Cultural SEMPRE-Segmento dos Estudiosos da Memória e Patrimônio Regional da Serra de Baturité (2008)

 

Criador e Idealizador do 1° Arquivo Público do Interior do Nordeste (2009).

 

2° e 4° lugares, consecutivamente, no 1° e 2° concursos de poesia da comunidade do Orkut "Vamos Escrever um livro?"(2009 e 2010)

 

Criador, Idealizador e Curador da Exposição Histórica: "PACOTY: UMA HISTÓRIA EM DOCUMENTOS", aprovado pelo Banco do Nordeste (2010).

 

Formou-se em Licenciatura Plena em História. (2010).

 

Sócio do Instituto Desenvolver (2011).

 

Trabalhou para o Governo do Estado do Ceará como Pesquisador no Porto do Pecém (2011).

 

Ministrou aulas de História, Geografia, Arte, Religião & Ciências em Pacoti e em Guaramiranga no Colégio São Luís, na Escola Menezes Pimentel, na Escola Linha da Serra & na Escola Monteiro Lobato. (de 2008 a 2017).

 

Convenceu a UECE e o Banco do Nordeste a fazerem parceria que resultou no Projeto Espaço Nordeste, de 5 milhões de reais, instalado em Pacoti, mas servindo a todo o maciço de Baturité, de janeiro de 2012 a julho de 2016. Este projeto fez ainda a UECE ficar em 11ª no mundo, única representante do Brasil em um dos quesitos da ONU e empatar ao mesmo tempo com a USP em outro dos 95 quesitos educacionais avaliados mundialmente por esta instituição. 

 

Foi um dos ativistas político-sociais responsáveis pela Revitalização do Sistema de Esgoto de Pacoti, representando o Jornal Delfos-CE em 2016 e inda aceitou o posto de fiscal voluntário desta obra que acabou vido apenas em 2020 e se concretizou finamente em 2022, com o investimento de mais de 6 milhões de reais enviados pelo Governador Camilo Santana (PT).

 

2° Lugar em concurso pensamento na comunidade "Grupo de Poesia" no Facebook (2012).

 

Publica notícias, contos, crônicas, poesias, fábulas, romances, artigos, peça teatral e letra de música em vários sites, dentre eles redes sociais e muitos blogs, desde 2005.

 

Foi candidato a vereador pelo PT em Pacoti em 2012, tendo 51 votos.

 

Atualmente publica em algumas páginade Facebook e modera grupos. Tenta seguir a carreira de facebooker e de youtuber.

 

Participa de 2 e-books virtuais pelo Balcão de Poemas: "Por onde andei?" & "Quem sou?"; organizados pelo poeta gaúcho Wasil Sacharuk.

 

Participa da Antologia Poética não impressa do antigo Bar do Escritor de 2011, a qual recuperou em formato virtual.

 

Recebeu a Comenda Domitila de Honra ao Mérito em 2016, da SECULDT-Secretaria de Cultura, Turismo e Desporto de Pacoti & Prefeitura Municipal de Pacoti (2016).

 

Concluiu Pós-graduação em Gestão Escolar (2016).

 

Selecionado para o Prêmio CNNP da Editora Virara-Concurso Nacional Novos Poetas- 4x seguidas (2016, 20172018 &2019).

 

Teve poesias selecionadas para a Revista Gente de Palavra 2x seguidas (fevereiro & abril de 2018).

 

Conselheiro de Cultura desde 2018, com "o cargo" de secretário na cidade de Pacoti-CE.

 

Membro do Comitê Gestor para implementação da Lei Aldir Blanc de 2020 em Pacoti.

 

Foi candidato a vereador em Pacoti pelo PCdoB.

 

Autor de 18 blookes (2 em andamento).

 

Recebeu certificado de honrarias da Secretaria de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovações de Pacoti por ajudar no desenvolvimento do Projeto "Amigo Educador", criação do Prof. Ricardo Alves, atual gestor de humanas na Educação Básica de Pacoti.

 

É vice-presidente local do Partido Comunista do Brasil-PCdoB pela segunda vez seguida e é pré-candidato a deputado em 2022.

domingo, 13 de fevereiro de 2022

Ameaça de atentado - Cidadão português Neonazi, ajude a denunciar.

 Olá, peço que ajudem a evitar um possível atentado neonazi. 
Apenas ajude denunciando as autoridades, não interajam com ele pois ele pode ficar acuado e apagar provas. Qualquer duvida entrem em contato comigo: facebook.com/leandrooherege


https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1693234544204159&set=pb.100005528881080.-2207520000..&type=3



Mora em Porto



quinta-feira, 14 de maio de 2020

2ª ENTREVISTA COM RICARDO OLIVEIRA

2a ENTREVISTA COM RICARDO OLIVEIRA

Ricardo Oliveira da Silva é Historiador, Professor do Curso de História da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus de Nova Andradina (UFMS/CPNA). Doutor em História, especialista em História das ideias, com pesquisas em Teoria da História, História Intelectual Brasileira do século XX e História do Ateísmo

Na internet o historiador usa o codinome Ricardo Russell e agora está lançando o livro "O ATEÍSMO NO BRASIL: OS SENTIDOS DA DESCRENÇA NO SÉC XX E XXI" (https://portal-ateismo.blogspot.com/2020/05/historiador-ricardo-russel-lanca-livro.html?m=1&fbclid=IwAR3qvDNmfBkmtLLCi1IrNsqSAcmPlW8KNSevAlzL2o8lnLpFytX60MCpJ5s)


Ateu Poeta 1: Um autor falou uma vez que "a desunião entre os ateus é o que salvará o mundo". Na prática, os ateus são a menor da minorias e o grupo mais desunido, mas, apesar disso as associações ateístas vêm fluindo pelo mundo e no Brasil pelo menos ainda existe até uma certa rivalidade entre elas e o padrão é a informalidade e a efemeridade. Como você enxerga a importância dos ateus se associarem em grupos, páginas ou associações? 

Dr Ricardo: 
A organização de setores da sociedade em associações e entidades é uma das formas de defesa de uma identidade de grupo e de uma pauta de demandas no espaço público. Sendo os ateus a “menor das minorias” isso se torna ainda mais necessário. Você só combate o preconceito e a discriminação contra o ateísmo se, por um lado, você se assume como ateu. E, nesse sentido, as associações podem desempenhar um papel fundamental ao mostrar aos ateus que eles não estão sozinhos no mundo e também em criar referências positivas sobre não ter crença religiosa. Com esse suporte, uma pauta política ganha força; como a defesa do Estado laico. Por isso eu apoio a existência dessas entidades.

Ateu Poeta 2: Muito provavelmente, o seu livro é o primeiro sobre a História do Ateísmo no Brasil e você também foi pioneiro em criar a disciplina "História do Ateísmo" o que me lembra que o historiador Richard Webster falava em ficar em nós sempre um pouco do que ele chamava de "messianismo", ele aponta isso em muitos nomes grandes como Freud, Darwin, Lévi-Strauss, dentre outros, mas o que ele chama de "messianismo" para muitos pode ser simplesmente uma vontade de tornar o mundo melhor. Você acha que os movimentos puxados por ateus podem tornar o mundo melhor de alguma forma? Como e para quem?

Dr Ricardo: O ativismo ateísta pode contribuir sim mediante a defesa do respeito à diversidade de valores e crenças existentes no interior da sociedade. Sendo mais específico: quando os ateus militam pela laicidade do Estado, eles não estão apenas pedindo para que as instituições públicas respeitem o seu direito de não ter crença religiosa e que não sejam discriminados por isso. 

Os ateus e ateias estão lutando também para que o Estado não discrimine ninguém pelo fato de a pessoa ter ou não uma crença religiosa.

Ateu Poeta 3: Quais as suas expectativas quanto à receptividade de público brasileiro à publicação do seu livro e como acha que isso impactará na história do Brasil em si?

Dr Ricardo: Desde que eu passei a me dedicar ao estudo da história do ateísmo no Brasil, isso em 2018, tenho tido dificuldade em encontrar material historiográfico sobre o tema. A impressão que eu fico é como se o ateísmo não existisse na história brasileira. 

Entre as expectativas que eu tenho em relação ao livro é que ele ajude a dar visibilidade ao tema e que possa ajudar outros pesquisadores e pesquisadoras a trilharem o caminho desse tipo de investigação.

Ateu Poeta 4: Quando você se descobriu ateu sentiu algum grande vazio existencial ou algum modo de alegria ao descobrir finalmente que não existe nenhum ser gigante a nos vigiar de algum além que tanto nos ensinam desde a mais tenra infância?

Dr Ricardo: A minha identificação como ateu não foi um processo traumático. Eu me tornei ateu por volta dos 18/19 anos em um cenário de envolvimento com estudos na área da História e da Filosofia, os quais me forneceram referências para construir uma visão de mundo sem viés religioso. 

Apesar disso, sei que para muitas pessoas deixar de ter a religião como referência de sentido sobre o mundo não é fácil, pois trazemos ela como algo naturalizado desde a infância a partir de um processo de ensino que começa com a família.

Ateu Poeta 5: Você já se sentiu sozinho por ser ateu ou já sentiu o peso enorme da censura em não poder falar sobre ateísmo em algum lugar ou com algumas pessoas por ser sempre um tema polêmico, por mais frio que se possa agir?

Dr Ricardo: Nunca cheguei a me sentir totalmente sozinho por ser ateu, pois já conhecia outras pessoas ateias quando passei a refletir sobre o assunto. No tema da censura, pensei que isso pudesse acontecer quando resolvi pesquisar a história do ateísmo em 2018. Contudo, até o momento isso não ocorreu. E penso que seria desagradável se acontecesse

Ateu Poeta 6: Você já deve ter visto aquelas campanhas de "ateus saiam do armário", inclusive impulsionado pelo escritor Richard Dawkins, salvo engano, o que você pensa a respeito? Cada ateu tem que dizer para o mundo que é ateu ou deve guardar isso para si e falar só em momentos oportunos para impedir a destruição familiar, perda de emprego e amigos, dente outras questões nessa linha?

Dr Ricardo: Eu penso que se os ateus querem ser respeitados pelo fato de não terem uma crença religiosa, se identificar com o ateísmo é fundamental. 

Nesse sentido, eu concordo quando o Richard Dawkins diz que os ateus devem ter como referência de luta a história do feminismo e da luta dos negros contra a discriminação racial. 

Agora, também tenho consciência da dificuldade e dos problemas que acarreta para uma pessoa dizer que não acredita em Deus. Por isso dizer publicamente ou para familiares que se é ateu é algo que cada pessoa deve avaliar como fazer e quando fazer. Não condeno as pessoas que têm receio em tomar essa atitude.

Ateu Poeta 7: Você já foi confrontado com a pergunta por alunos sobre "todo historiador" ou "todo professor de História" "ser ateu", o que não é verdade nem de longe, mas muitos perguntam isso. Você acha que os historiadores ateus são tão marcantes a ponto de causar a impressão de que todo historiador é ateu nas pessoas não-ateias ou você acha que esse tipo de questão na maioria das vezes pode ser só uma provocação feita à nós para testar a nossa reação?

Dr Ricardo: 
Eu acredito que a afirmação de que “todo historiador é ateu” possui um caráter mais provocativo do que fundamentação empírica. Quando eu estudei na faculdade, até onde eu sei, professores ateus eram uma minoria, e os que eram não tinham uma militância ateísta. 

E vejo isso ainda hoje entre os colegas de profissão que conheço em várias partes do país. Penso que o professor de História ateu pode marcar os alunos muito mais pelo ensino do conhecimento histórico que possui do que por causa do ateísmo que defende.

Ateu Poeta 8: Pelo que eu pude notar, há uma tendência à escrita acadêmica sore o ateísmo no Brasil, atualmente, incluindo no TCC do Edmar Luz, uma das figuras carimbadas do ateísmo na internet, fale um pouco sobre o convite que ele lhe fez para a orientação do seu trabalho acadêmico e como se sente a respeito.

Dr Ricardo: Conheci o Edmar Luz quando passei a pesquisar a história do ateísmo. Fiquei surpreso ao saber que ele colocou o ateísmo, principalmente na questão do Estado Laico, como uma bandeira em sua candidatura política no pleito de 2018 [2016].

Foi uma atitude corajosa. Ele teve uma postura gentil e atenciosa quando eu entrei em contato para obter informações sobre o ativismo ateísta dele. Foi, então, que ele me contou que estava fazendo mestrado em São Paulo tendo o ateísmo como tema de pesquisa. 

Fiquei feliz quando ele me convidou dias atrás para ser parte da banca de avaliação do trabalho dele. Torço para que mais pesquisas sobre o ateísmo surjam nos espaços acadêmicos do país. Isso é importante para tirar o ateísmo da invisibilidade que ainda o envolve no ambiente universitário

Ateu Poeta 9: Por fim, por que você acha importante essa crescente do ativismo ateísta de modo mais acadêmico e como acha que isso impacta no ativismo ateísta comum? Será que um ativismo influencia o outro ou correm vários modos de ativismo sem choque cultural entre eles?

Dr Ricardo: 
Eu acredito que o ativismo ateísta no Brasil pode se enriquecer com as reflexões produzidas no espaço acadêmico e pode fortalecer suas posições no debate público. Se isso vai acontecer eu não sei dizer, mas é uma esperança que cultivo para o futuro do ateísmo brasileiro.

sábado, 26 de outubro de 2019

COMO ME TORNEI ATEU

Como me tornei Ateu



Desde pequeno eu sempre fui cheio de manias, uma delas, que irritava 


mais todo mundo, era perguntar demais.



Um aluno de minha mãe era dos poucos que me ouvia e falava de Sócrates, Platão, Arquimedes, etc. Esse cara se tornou agnóstico e depois ateu. Eu fiz até primeira eucaristia, mas sempre fui meio preguiçoso para rezar e ir à missa. 

Eu li partes da bíblia em casa, principalmente a parte dos 28 capítulos do início do Novo Testamento, onde ficam as parábolas. Meu avô lia também, quase todo dia alguma passagem. Minha irmã lia pra mim algumas partes.

 Eu assistia aqueles desenhos bíblicos, as vezes e filmes também. Acontece que sempre assisti de tudo. E sempre gostei de filmes de terror. Mas, tinha um problema, eu sempre muitas vezes sonho, ainda hoje, com coisas que assisto, então, sonhei muitas vezes indo ao Inferno e voltando, tendo minha alma expulsa do corpo para que o Demônio dominasse meu corpo, como no filme "O exorcista". 

Como eu tinha essa dificuldade para dormir, muitas vezes eu tinha que controlar meus sonhos. Acordava várias vezes durante à noite e voltava a dormir tentando pensar em outra coisa. E, as vezes, enfrentava as coisas que me faziam tremer de medo, como leões, bois e o próprio Demônio. Entre meus 15 e 16 anos, no 1° ano do ensino médio, eu ouvi o termo demônios, numa aula de História ou de Geografia.

Eu sabia que cracia significava governo, e, portanto, democracia significava, ao pé da letra, governo dos demônios, mas demônios eram um povo que era a plebe de Roma. Logo, eu pensei: - Será que Demônio vem de demônios? Como eu posso provar isso se for verdade. Então eu vi, numa aula de História as classes sociais, a luta de classes de Karl Marx. 

Depois fiquei sabendo que Inferno significa inferé; embaixo. Eu sabia que no centro da Terra havia Larva, pelo que assistia em documentários na T.V. Daí, a palavra Lúcifer deveria significar luz inferior (lux-inferé). Mas como assim "luz inferior" se uma porção de luz não vale mais que a outra? Lucifer, então, é um nome pejorativo.

E, se já nasceu com esse nome é porque estava fadado a falhar, como se Deus quisesse que ele fosse mau. Mas, por que Deus queria que ele fosse mau? A resposta seria simples: porque eram a mesma pessoa, logo Deus não existia, muito menos o Demônio. 

Daí, eu tive um sonho em que matava Deus, e, em seguida dizia ao Demônio: _Deus não existe, logo, o Demônio não existe! Daí, eu o matava com uma espada muito grande e ele desaparecia para nunca mais aparecer nos meus sonhos. Mesmo assim, eu fiquei na dúvida, se Deus existir, o Demônio existe, e eu vou para o Inferno por isso. 

Eu pensei, então, na Igreja como o próprio Céu e a classe alta: aquilo que sempre queremos mas não podemos ter. No purgatório como a classe média e o proletariado, trabalhando para sustentar o Céu por que queria ir pra lá, mas estava mais próximo de cair no Inferno. No Inferno como a sarjeta e as prisões: um lugar tão ruim que queremos subir de nível a qualquer preço. 

Eu pensei se o Demônio existe para que temamos é por que isso aumenta o poder de Deus, de modo contrário ele jamais permitiria se é bom. Se ele é bom, por que criou o Demônio? Como o mau surgiu se Lúcifer era o anjo mais belo de todos? E se Deus está em todos os lugares, por que viria à Terra visitar Adão? Se Deus está no meio de nós, em todo lugar, como se diz, ele é todo lugar, logo, eu também sou Deus, o Demônio é Deus, o próprio Universo é Deus. 

Portanto, se Deus existe ele é o próprio Universo (nessa época eu só escrevia universo com u maiúsculo, mas acho que ninguém percebeu, também nunca falei disso) e tudo estaria correndo em suas veias. Acreditei por um tempo que o Universo era um ser vivo e que estaríamos dentro dele. 

Era a única forma de existir Deus sem que existisse o Demônio. Eu tinha ouvido o termo agnóstico, mas ainda não ateu e muito menos deísta. Nem sei se acreditar num Universo-Deus tem um nome, mas eu acreditei nisso, e calei muitos com essa idéia. Uma professora me perguntou se eu era ateu uma vez que falei: _Porra de missa! Eu disse que era na frente da sala toda, mas, depois disse que não era e que falei aquilo pra ela não esticar a conversa. Contudo, voltei a disser que era ateu, mesmo sem muita certeza se era ou não. 

Até que vi, já no cursinho, a história de um homem chamado Constantino. Li numa revista de História que São Jorge nunca existira e isso me fez ter certeza de que eu estava pensando correto. Assim como o santo responsável pelo sucesso do cristianismo nunca existiu, Cristo também poderia ser uma fachada e o Demônio uma arma para fazer lavagem-cerebral no povo. 

Eu havia sofrido uma lavagem-cerebral, estava no momento da contra-lavagem-cerebral que eu faria em mim mesmo. Daí, eu procurei ler mais sobre coisas do cérebro e me interessar por neurociência. Na faculdade de Administração eu vi Psicologia. Me interessei mais ainda pela mente. Na época do cursinho eu tinha assistido a uma palestra de para-psicologia, mas como antes eu tinha lido "Carrie" e me disseram que era ficção e eu vi depois que era mesmo, não acreditei no padre-parapsicólogo. 

Depois eu li uma biografia de Darwin, "Por que Freude errou", de Richard Webster, "O erro de Descartes", de António Damásio e um simpósio sobre Nietzsche e Deleuze, da UECE (Faculdade Estadual do Ceará), onde Nietzsche falava de onde surgia Cristo (Zoroastro, Dionísio e Hórus). 

Eu li sobre esses deuses na internet, pra saber quem eram. Zoroastro eu vi na faculdade de História, quando larguei a Administração. Eu conheci também a comunidade "Ateísmo e Anticristianismo", não lembro como, mas até participei de um debate acirrado de um tópico que acabou por ser apagado sobre Adolf Hitler ser ateu (em outras comunidades, acontecia o mesmo). 

Na época eu vi na T.V. que Constantino era ateu e defendi isso, hoje, vejo que não; eu estava errado, ele era seguidor das religiões ditas "pagãs". Descobri depois que o termo pagão, vem de Pagü (Pagui), que significa vilão, que, por sua vez é o mesmo que camponês. Entendi que as palavras trocam de sentido durante os períodos históricos. Descobri que os símbolos também, e que a cruz do cristianismo é o Antú egípcio. 

Daí, eu li sofre Amenóphes IV, um cara que destruiu os escritos originais sobre muitos deuses e criou, a partir de cerca de 700, a trilogia Hórus-Ísis-Osíris ( a Santíssima triandade: Pai, Filho e Espírito Santo). Assisti a uns episódios na tv sobre Krisnha (um nome que seria o meu se eu fosse mulher, disse minha mãe. 

Entretanto, é um nome masculino) Entendi o que é um avatar e, muito provavelmente é daí que vem o termo Cristo, o avatar do cristianismo. Sem falar que vi a série "Os bárbaros" (Terry Jones), que falava dos celtas. Nisso, fui pesquisar e achei Sigurd (ou Siegfried), simplesmente o personagem em quem foi inspirado São Jorge. Com cada leitura, estou mais ateu a cada dia 

Ateu Poeta

Historiador. Presidente e criador do Jornal Delfos. Sócio-Efetivo e criador da SEMPRE. Criador do projeto de Lei que deu origem ao 1° Arquivo Público do Interior do Nordeste na cidade de Pacoti-CE. Sócio do Instituto Desenvolver. 2° e 4° lugares, consecutivamente, no 1° e 2° concursos de poesia da comunidade "Vamos Escrever um livro?", respectivamente, em 2009 e 2010. Criador do projeto da exposição histórica PACOTY: UMA HISTÓRIA EM DOCUMENTOS, aprovado pelo Banco do Nordeste em 2010.